A Secretaria Municipal de Saúde de Batayporã enfatiza o risco do aumento da incidência de dengue durante o verão, que já é anunciado pelo calor exacerbado e chuvas. Apesar de a estação começar oficialmente no próximo dia 22 de dezembro, o clima local tem motivado a Coordenação da Vigilância em Saúde a reforçar as ações preventivas e alertar a população.
Ambientes quentes e com água acumulada são propícios para a procriação do mosquito transmissor da doença, o aedes aegypti. O calor favorece o ciclo de reprodução, que é desencadeado por ovo, larva, pupa e adulto. O que chama a atenção, segundo a Fundação Fiocruz, é o fato de os ovos do mosquito conseguirem resistir até cerca de um ano em ambientes desfavoráveis e, assim que submersos na água, poderem eclodir em minutos.
“É por isso que a limpeza, ou seja, o controle mecânico, é a melhor opção. Sem água, os ovos não eclodem e as larvas não evoluem. O problema, é que as pessoas simplesmente não cuidam de seus quintais, terrenos e até mesmo do interior das residências, mesmo diante de todas as orientações dos nossos profissionais”, enfatizou a coordenadora da Vigilância em Saúde, Ângela Rocha.
Os agentes de combate às endemias e os agentes comunitários de saúde de Batayporã têm se desdobrado em forças-tarefas de fiscalização nos domicílios, orientação e notificação dos moradores. “Infelizmente, eles encontram muitos focos. Colhemos amostras e maior parte delas é positiva para aedes aegypti. Isso é muito grave. Há focos que os agentes já eliminam na hora, mas outras adequações cabem aos moradores. É uma responsabilidade da população”, complementou Angela.
Somado ao risco da dengue, a falta de limpeza junto às altas temperaturas traz outros perigos, como o risco de acidentes com animais peçonhentos. “Os ambientes quentes e úmidos atraem insetos e seus predadores. Outra preocupação nossa são os escorpiões, que se alimentam de baratas, mosquitos, formigas, etc...”, complementou a coordenadora.
Negligência gera multa
Além da dengue, o aedes-aegypti é responsável pela transmissão da zyca e da chikungunya. Todas as doenças são extremamente perigosas e podem levar as vítimas a óbito.
A penalização para quem acumula lixo, entulho e outros materiais que podem se tornar focos do aedes-aegypti não é novidade. O procedimento é previsto pela Lei Estadual n. 4.812, de 7 de janeiro de 2016, e pela Lei Complementar Municipal n. 008, de 24 de junho de 2013.
A população pode denunciar locais com focos do mosquito da dengue à Vigilância Entomológica por meio dos telefones 67 3443 3187 e 99213 6498.